Há dias que venho me deparando com uma série de mudanças na
minha vida, ou melhor, em mim. Não vejo isso como algo certamente ruim, se
tratando de mudanças, creio que ganho de experiência nunca é excessivo , por
mais desprazeroso que volta e meia seja o modo como a adquirimos.
Nem sempre sabe-se
onde quer chegar, mas eu sempre soube quem eu queria e deveria ser. E posso
dizer também que mesmo assim, vivi outros personagens, mas particularmente acho
que o conhecimento sobre nós mesmos se dá através disso.. Através de ser quem
não somos, ser quem não queremos ou desejamos ser, é desse modo que
verdadeiramente tomamos coragem pra ser quem de fato somos, e apreciamos. Por
muito tempo me mantive fora de mim, sendo alguém, mas hoje me sinto eu, em
essência, e estou feliz por isso.
Sempre questionei o
fato das pessoas não conseguirem ser ‘de verdade’. Tão simples, e tão prazeroso.. Ah, se
soubessem o quão cativante é, não se largariam jamais.
Sinceramente, não
reconheço o porque de tantas máscaras, talvez por medo, ou algo parecido..
Também com todo esse superficialismo, que jogue a primeira pedra quem não se
amedronte.
Mesmo que não sejamos nós mesmos tanto quanto deveríamos,
sempre carregamos um pouco, afinal, ninguém quer se perder de si.
Na verdade, uma hora a gente acaba se cansando de toda essa
monotonia de sempre querer mais, paramos de desejar que a nossa vida fosse
diferente, e passamos a nos contentar com o que possuímos, não por completo,
mas por grandiosa parte.
Parafraseando “Quando me
amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas,
tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão
chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama Amor-próprio.”
Nunca é tarde pra ser quem se é, por isso eu sempre me mantenho em busca de mim, do meu eu.
Sei que dá pra ser si mesmo sem hesito.
Na verdade não sei, mas é preciso tentar...